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Este livro é resultado de pesquisas que o autor desenvolveu no Núcleo de Estudos Estratégicos da Unicamp com o apoio do CNPq e Fapesp.
As Forças Armadas combateram tradicionalmente a hipótese do ministério da Defesa. Afinal, perderiam o poder que se expressava nos quatro ministérios militares (Marinha, Exército, Aeronáutica e Estado-Maior das Forças Armadas).
Em nome da racionalidade e da eficiência, o presidente Fernando Henrique Cardoso superou resistências militares e do Legislativo para adotar o ministério da Defesa. Ao operar a mais profunda reforma da história republicana nas relações entre o poder político e as Forças Armadas – antecedida pela Política de Defesa Nacional e pela Lei dos Desaparecidos – FHC implantou a dimensão política do Ministério da Defesa: a efetiva subordinação militar ao poder republicano. Daí ter afirmado, em entrevista ao autor, que não cabe às instituições militares apoiar o governo, mas sustentar o país e o Estado: “o novo ministério seria o símbolo da democratização, chegado o momento em que o ministro das Forças de Defesa seria um civil”.
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